quinta-feira, 10 de maio de 2012

AVA03 - O Método “Pedagogizador” e a prática educacional voltada para intersubjetividade

O método “pedagogizador” foi promovido pelo modelo de conhecimento baseado na perspectiva da razão instrumental e se resume a instruir, reproduzir um tipo de conhecimento que não é importante para as reais necessidades do aluno. As propostas pedagógicas estão direcionadas a uma aplicação de técnicas ao aluno, tratado apenas como objeto a ser conhecido e treinado para atender as exigências do mercado. A escola atual ainda está sobre o reflexo desse método “pedagogizador”. No nosso sistema educacional vigente se mede o desempenho do aluno e a eficiência da escola através de avaliações. O que faz com que os professores, preocupados com o desempenho de seus alunos, os treinem para a realização de provas como PROVA BRASIL, PROVINHA BRASIL, ENEM, SAEB, vestibulares e concursos. E essas, por sua vez são, em sua maioria, apenas classificatórias, totalmente descontextualizadas e sem nenhuma motivação para o aluno, sem levar em consideração o aprendizado que realmente o aluno utilizará para a sua vida.
O pressuposto de Habermas que apregoa que todos os membros de uma sociedade têm potencialmente condições de exercitar sua capacidade comunicativa leva-nos a refletir se a educação tem estimulado essa capacidade. Todavia, sabemos que apesar de muito se falar em transformação, pouco tem mudado. Para inverter esse modelo de educação, é preciso fazer propostas para que a educação mude realmente. A educação, associada à Teoria da Ação Comunicativa proposta por Habermas, pode contribuir para o pensar crítico, em prol de uma educação voltada para a formação do sujeito emancipado, sensível e ético.
A partir da Teoria da Ação Comunicativa, a escola pode-se tornar um espaço de exercitar a intersubjetividade entre aluno/professor/escola/família e comunidade, pois ela permite a conciliação de dois mundos: o mundo do sistema e o mundo da vida, onde a teoria e a prática estão interligadas através de ações concretas.
A prática da subjetividade supera o método “pedagogizador”, uma vez que a utilização da primeira é capaz de produzir indivíduos autônomos, críticos, capazes de pensar e agir de maneira as modificar a realidade do meio em que estão inseridos.

Referências:
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.

2 comentários:

  1. Concordo com você sobre a pratica do método “Pedagogizador” onde o aluno é tratado meramente como um objeto a ser conhecido e treinado para atender as exigências do mercado, suas experiências de vida e situações práticas não são consideradas.
    O método “pedagogizador” tornou-se um dos grandes desafios no mundo contemporâneo. É preciso buscar políticas educacionais adequada, impondo uma pedagogia voltada para atender as reais necessidades do aluno.

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  2. ficou ótimo, Daí as propostas pedagógicas estarem direcionadas a uma aplicação de técnicas a um sujeito, o aluno, tratado meramente como um objeto a ser conhecido e treinado para atender as exigências do mercado. Esse modelo de educação tem sido pensado como um dos maiores desafios da contemporaneidade, e os seus críticos vem tentando superar o estilo pedagogizador” da educação.

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