sexta-feira, 18 de maio de 2012

ED05 - FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

Filosofia e educação estão relacionadas. A filosofia da educação preocupa-se com a problemática educacional que está presente em todos os segmentos da sociedade. A filosofia da educação é uma reflexão rigorosa, radical e global ou de conjunto sobre os problemas educacionais.
A filosofia fornece à educação uma reflexão para auxiliar nos problemas educacionais que desafiam os educadores, políticos, pais e a sociedade. E a educação, por sua vez, oferece problemas que se tornam cada vez mais complexos, inesperados e incertos como, por exemplo, a miséria, a fome, a violência, a corrupção, o individualismo, a perda de valores e o analfabetismo. A filosofia ainda fornece à educação uma reflexão sobre o educando e o educador como quem são, o quem devem ser, quais seus papéis na sociedade. E também fornece uma reflexão sobre a própria sociedade levando à reflexão de como e o que ela é, o que ela representa, o que ela pretende, qual deve ser a sua finalidade quanto a ação pedagógica. Todos esses problemas requerem a reflexão filosófica. A filosofia propõe questionar a interpretação de mundo que temos e procura buscar novos sentidos e novas interpretações de acordo com os novos anseios que possam ser detectados no seio da vida humana. De fato, os problemas educacionais envolvem os problemas da própria realidade. E a filosofia da educação os considera com relação ao contexto educativo. Portanto, não há como fugir da filosofia na educação.

Referências:

LUCKESI, C. Filosofia da Educação. Disponível em: http://resumos.netsaber.com.br/ver_resumo_c_2344.html, acesso em: 17/05/2012.
LARA, José J. F.. Filosofia e filosofia da educação. Disponível em: http://educalara.vilabol.uol.com.br/lara2.htm, acesso em: 18/05/2012.
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

AVA 05 - Teoria dos Dois Mundos

Na filosofia de Platão existe uma dualidade de mundos. Ele nomeia esses dois mundos de como: mundo sensível (das representações) e mundo inteligível (das ideias).
O mundo sensível se baseia em tudo que é material, concreto, que se conhece pelas sensações. Ele é uma espécie de imitação do mundo inteligível. Em sua concepção de mundo sensível, Platão afirma que o tempo consiste numa imagem móvel do eterno, nascida junto com o mundo. Existe uma estrita relação entre o tempo e o as coisas que compõem o mundo. Ambos são criações de um mesmo artífice, originados de uma esfera inteligível.
No mundo inteligível ou das ideias existem ideias para todas as coisas. Estas ideias caracterizam a chamada “substância”. Essa substância não possui cor, forma ou qualquer espaço físico. Todas as substâncias são incorruptíveis e não estão sujeitas a geração. Para Platão apenas o filósofo, aquele que consegue desenvolver a “parte mais elevada de sua alma” poderia conhecer o mundo inteligível. A teoria das ideias de Platão pretendeu sustentar que o sensível pode ser explicado somente mediante o recurso do supra-sensível, o relativo mediante o absoluto, o sujeito a movimento mediante o imutável, o corruptível mediante o eterno. A ideia que mais se destaca dentro da gama de ideias de Platão é a Ideia Máxima de Bem, pois submete a si todas as outras. Ela representa a busca do filósofo rumo ao conhecimento. Segundo essa ideia o Bem é o que confere verdade aos objetos cognoscíveis, que confere ao homem o poder de conhecê-los, que confere luz e beleza às coisas. Platão argumenta sua teoria das ideias com a Teoria da Reminiscência, que diz que todo o conhecimento é uma recordação de algo já visto anteriormente. A alma humana, antes de encarnar em um corpo, habilita o mundo inteligível e contempla todas as ideias que nele existem. Assim, para ele a alma não depende do corpo para existir e é imortal. Portanto, o aprendizado é uma recordação de tudo o que a alma contemplou anteriormente.

Referências:
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.
MAIRINQUE, Igor das Mercês. Disponível em: http://www.ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/revistalable/numero5/igor.pdf, acesso em: 16/05/2012.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

AVA04 - Teoria "Maiêutica"


A Teoria “Maiêutica” (em grego “parto das ideias”) foi desenvolvida por Sócrates como um método próprio de análise filosófica. Seu objetivo é possibilitar ao homem o conhecimento de si mesmo.  
A Teoria “Maiêutica” leva as pessoas a pensarem a partir daquilo que não conhecem, ou seja, pela ignorância. Também são levadas a fazer perguntas e analisar as respostas de maneira sucessiva chegar à verdade ou à contradição do enunciado.

Referências:
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.



AVA03 - O Método “Pedagogizador” e a prática educacional voltada para intersubjetividade

O método “pedagogizador” foi promovido pelo modelo de conhecimento baseado na perspectiva da razão instrumental e se resume a instruir, reproduzir um tipo de conhecimento que não é importante para as reais necessidades do aluno. As propostas pedagógicas estão direcionadas a uma aplicação de técnicas ao aluno, tratado apenas como objeto a ser conhecido e treinado para atender as exigências do mercado. A escola atual ainda está sobre o reflexo desse método “pedagogizador”. No nosso sistema educacional vigente se mede o desempenho do aluno e a eficiência da escola através de avaliações. O que faz com que os professores, preocupados com o desempenho de seus alunos, os treinem para a realização de provas como PROVA BRASIL, PROVINHA BRASIL, ENEM, SAEB, vestibulares e concursos. E essas, por sua vez são, em sua maioria, apenas classificatórias, totalmente descontextualizadas e sem nenhuma motivação para o aluno, sem levar em consideração o aprendizado que realmente o aluno utilizará para a sua vida.
O pressuposto de Habermas que apregoa que todos os membros de uma sociedade têm potencialmente condições de exercitar sua capacidade comunicativa leva-nos a refletir se a educação tem estimulado essa capacidade. Todavia, sabemos que apesar de muito se falar em transformação, pouco tem mudado. Para inverter esse modelo de educação, é preciso fazer propostas para que a educação mude realmente. A educação, associada à Teoria da Ação Comunicativa proposta por Habermas, pode contribuir para o pensar crítico, em prol de uma educação voltada para a formação do sujeito emancipado, sensível e ético.
A partir da Teoria da Ação Comunicativa, a escola pode-se tornar um espaço de exercitar a intersubjetividade entre aluno/professor/escola/família e comunidade, pois ela permite a conciliação de dois mundos: o mundo do sistema e o mundo da vida, onde a teoria e a prática estão interligadas através de ações concretas.
A prática da subjetividade supera o método “pedagogizador”, uma vez que a utilização da primeira é capaz de produzir indivíduos autônomos, críticos, capazes de pensar e agir de maneira as modificar a realidade do meio em que estão inseridos.

Referências:
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

ED04 FILOSOFIA MODERNA

Filosofia Moderna é toda a filosofia que se desenvolveu durante os séculos XV, XVI, XVII, XVIII, XIX; começando pelo Renascimento e se estendendo até meados do século XIX.
A modernidade é o período da razão. Onde o homem utiliza de métodos científicos para conhecer o mundo e as coisas. No período, chamado de secularização, o conhecimento é caracterizado, principalmente, pelos valores da ciência, substituindo os valores sagrados da religião. Os valores científicos passam a ser centrados na ideia de progresso, de sociedade racional e técnica, deixando de ser submetido às verdades da fé. A ciência se torna responsável por diagnosticar os problemas do mundo e passa a buscar nele próprio os caminhos para resolvê-los, diferentemente do que ocorria na Idade Média, onde se buscava apoio na religião.  A racionalização se estende em todas as situações e o pensamento do homem deve voltar-se para dar fim a todo olhar limitado e que não seja crítico, toda a educação baseada em crenças e supertições, vinculadas a antigas formas de organizações sociais.  
A modernidade é o acontecimento maior na tentativa de se construir uma sociedade ideal, perfeita e alicerçada pela ciência. A forma das pessoas viverem produzidas na modernidade mudou a ordem social, de maneira que houve uma revolução: geográfica, econômica, política, social. O homem é direcionado ao capitalismo. Logo, a modernidade é marcada pela implementação de uma sociedade mercantil, baseada no acúmulo e no lucro de mercadorias, que reivindica novas exigências como a melhoria das forças de trabalho para o desenvolvimento das atividades produtoras. Além do mais, e talvez seja um dos aspectos mais relevantes e importantes, a modernidade se constitui enquanto período de criação de Estados-nações, que se estruturam e espalham uma técnica de governar a vida das pessoas. Os Renascentistas acreditavam na ideia de que tudo é possível. A curiosidade é aguçada e ilimitada, então ele parte para conhecer novos horizontes, o que ocasionou as grandes navegações e expedições. Apesar das limitações renascentistas, a ciência moderna fundava suas bases cada vez mais sólidas. A ciência moderna encontra as possibilidades de se pensar diferentemente do que se pensava anteriormente, e acredita realmente na condição de organizar um mundo verdadeiro, lançando mão, para isso, de uma grande ruptura na ciência: a introdução da geometria pelo filósofo e matemático Galileu Galilei. Para Galileu, os corpos estão em constante movimento, independentemente da vontade dos homens. Segundo o pensamento de Galileu, o universo não é mais um espaço fechado, organizado hierarquicamente e nem cheio de poderes mítico-religiosos. O universo agora é um espaço infinito, contínuo, físico e matematicamente calculado. Sendo assim, o conhecimento científico só pode ser proporcionado pelo saber racional. Dessa forma, o homem se separa da natureza, e toda relação homem / mundo é estabelecida através da razão. As certezas e coerências da fé religiosa não respondem mais às interrogações, cabendo ao homem intervir sobre o mundo, explorando-o e construindo um novo edifício científico. A ruptura com a idade média possibilita ao homem planejar seu próprio destino, ou seja, sua historicidade. A liberdade proporcionada pela razão – espírito aberto a curiosidade científica – faz da experiência humana, enquanto mergulho na natureza e na história, valores imprescindíveis que ocasionarão novas vivências no campo da arte, da economia, da política, da geografia e da filosofia.

FILOSOFIA MODERNA. Autor desconhecido. <http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_moderna>, acesso em: 04/05/2012.
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

ED03 RACIONALISMO, EMPIRISMO E CRITICISMO

Descarte é considerado o principal pensador da racionalidade moderna.  Segundo ele só podemos conhecer a realidade pela razão. A isso chamamos de racionalismo. Para ele a verdade é representada subjetivamente, isto é, na consciência do homem e não no mundo.
O pensamento moderno é caracterizado por uma discussão em torno da subjetividade,  isto é, tudo aquilo que se articula como pensamento ou com a noção de consciência de si. Para Descartes, a verdade está no interior do próprio sujeito: a certeza da consciência de si. Eu penso, logo existo, ou seja, o pensamento como condição para a existência. Descartes fundamenta  o homem a partir do sujeito pensante, que duvida de tudo que lhe é dado como certeza, para metodicamente construir um mundo de verdades claras e indubitáveis.

O ponto de partida da reflexão humeana está em considerar que todo conhecimento que se refere ao mundo começaria com a experiência, fundando-se na percepção. Contudo, o autor considera a percepção de duas maneiras: impressões e ideias. As impressões seriam as percepções mais vivas sentidas pelo sujeito, como as sensações que se tem das cores, dos sons, de uma paisagem, de uma dor, de estados de tristeza e de alegria. As ideias, de modo diferente, seriam cópias das impressões, imagens mais pálidas que resultariam da forma como o sujeito refletiria sobre as impressões ao usar a memória ou a imaginação. Hume divide o conhecimento em dois tipos de raciocínios: os raciocínios demonstrativos, que se referem às relações de ideias; e os raciocínios morais, que se referem às questões de fato e de existência. David Hume acredita que as leis, as regularidades descobertas junto à natureza, não passariam de regras naturais da imaginação humana. O pensador chama tais regras de associação de ideias, onde as ideias seriam associadas por contigüidade, semelhança e causalidade, transformando a relação de causalidade no principal elemento de todo conhecimento no que se refere às questões de fato. Hume acredita que o problema do conhecimento teria por fundamento princípios que fariam parte da mente: impressões, ideias, imaginação, hábito e crença. A produção de conhecimento dependeria não apenas da experiência, mas de princípios psicológicos da natureza humana.

A reflexão kantiana no século XVII foi marcada por duas ciências: matemática e física. E ainda constata-se a metafísica que, ao contrário das duas ciências, não só procurava tratar da realidade última das coisas como não conseguia convencer ninguém sobre os seus resultados. Kant procurou desenvolver uma reflexão sobre essas três disciplinas, tentando descobrir o motivo do descompasso existente entre a matemática, a física e a metafísica. O filósofo define como crítica da razão numa reflexão feita pela razão procurando saber quais os limites daquilo que o homem poderia conhecer. Para o filósofo, o espaço e o tempo não são extraídos da experiência, mas se constituem como intuições a priori, por existir na mente do sujeito como as condições pelas quais os fenômenos seriam percebidos: o espaço teria a função de apreender os objetos fora do sujeito; o tempo seria responsável pelo modo como o sujeito tem acesso às suas mudanças no tempo.
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

ED02 Pensamento Educacional de Platão e Aristóteles

Para Platão há uma estreita relação entre Política, Conhecimento e Educação. Ele se aproxima muito da ideia que temos de educação atualmente quando sugere o sentido da Educação como Paidéia (Educação integral – corpo e alma), como um meio de construção de uma república ideal, sedimentada no Bem, no Justo e no Belo. Os conteúdos propostos na visão de Platão de educação são pressupostos para a formação do cidadão. Onde a justiça deve ser o princípio fundante. Platão ainda aponta a educação como promoção e qualificação do ser. Embora legitimando a escravidão e algumas injustiças do seu tempo, como a desvalorização das mulheres, dos escravos e das crianças. Assim, uma coletividade justa e voltada para o bem nasce de um processo em que os indivíduos são educados para a construção da justiça.
Para Platão a justiça é uma mistura de utopia e realidade. E a utopia ainda está presente na educação atual. Podemos não concordar com o propósito platônico, mas educar sempre vai significar uma transição, uma transcendência, uma auto-superação ou, pelo menos, a busca disso.

O conhecimento na visão de Aristóteles representa uma nova etapa. Nele encontramos um modo de pensar sobre a prática. Para ele, não há problema com a política (Platão) ou com o discurso (Sócrates), desde que esses sejam acompanhados pela ética. Ele apresenta algo diferente, que é a necessidade de cada integrante da coletividade ter um esforço ético. Cada um deve fazer sua parte a partir do horizonte do exercício virtuoso da cidadania. E é nesse sentido que no ocidente, pela primeira vez, falou-se em ética como Ciência. Dentro do postulado aristotélico, para gerir uma instituição, família ou a si mesmo, é preciso ter solidez de caráter e isso se consegue pelo conhecimento ou orthós logos (bom uso da razão) e pela vivência da virtude do equilíbrio. Esse caminho apontado por Aristóteles mostra que ele insistiu no fato de que a educação, ou o processo do conhecimento leva o ser humano a buscar o meio termo, a temperança, nem muita festa nem de menos. Percorrido pelo bom uso do conhecimento, isso só acontece pela virtude obtida pela educação das novas gerações, numa perspectiva de construção interior da pessoa.
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.